Acerca do Evento

O Palheta Bendita é um festival de músicas do mundo co-organizado pela Associação Cultural Tirsense e pela Câmara Municipal de Santo Tirso. Surgiu, em resultado do ensino de diversos instrumentos, em especial de sanfona e gaita-de-fole, disponibilizado na Escola de Música Tradicional da Ponte Velha, que funciona nesta coletividade.

O festival iniciou de uma forma muito reduzida em 2005 e tem crescido sustentadamente ao longo das suas edições, sendo, em Portugal e na Galiza, uma referência no âmbito do circuito de mostras de construtores de instrumentos.

Como é usual, além da já referida feira de construtores de instrumentos musicais, terá ainda palestras, oficinas e concertos dedicados a expressões musicais do folk contemporâneo de vários continentes.

A Associação Cultural Tirsense

O que é a ACT?

A Associação Cultural Tirsense (ACT) é uma entidade sem fins lucrativos formada em Santo Tirso em Agosto de 2001. Nas suas atividades funcionou um cineclube; o grupo de teatro amador “A Corte da Mula”; organizou o Encontro de Banda Desenhada de Santo Tirso; o coro infantil “Os Activistas”; e publicou 10 números da revista “ACTO”. No entanto é no âmbito da música popular que mais tem realizado as suas ações.

Na sua sede social, sita no Moinho de Baixo, propriedade da Associação Amigos do Sanguinhedo, funciona a Escola de Música Tradicional da Ponte Velha, fundada em 2003. Na mesma são lecionadas semanalmente aulas de gaita-de-fole, sanfona e percussão. No mesmo local, os seus alunos usufruem tanto de oficinas sobre execução musical como de encontros com músicos mais velhos, onde tomam contacto com as suas histórias de vida, conhecimentos e contextos de aprendizagem de transmissão oral.

O que faz a ACT?

Atualmente coorganiza com a Câmara Municipal de Santo Tirso o festival Palheta Bendita, que em 2024 terá a sua XVIII edição. O festival é uma referência na música popular dado que se tornou um ponto de encontro para os músicos de Portugal e da Galiza já que, além de concertos, acolhe uma feira de construtores de instrumentos dos dois lados da raia assim como palestras e oficinas dedicadas à salvaguarda do património imaterial relacionado com instrumentos musicais, danças e cantos do Noroeste Peninsular,

Nas instalações da ACT desenvolvem atividades diversos grupos, como são exemplo a fanfarra cómica Pantomina e as bandas Chulada da Ponte Velha, Gaiteiros da Ponte Velha, Sanfonas da Ponte Velha e a Escola de Gaitas da Ponte Velha.

Ciente do potencial das sinergias interassociativas, a ACT tem colaborado regularmente com outras coletividades em projetos musicais. São exemplo disso o “Cancioneiro de Gaita-de-foles”, publicado em 2018 em parceria com a Associação Portuguesa Para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-Foles; a pagela “Instrumentos musicais singelos: aerofones de palheta”, publicada no mesmo ano em colaboração com a Pédexumbo – Associação Para a Promoção da Música e da Dança; o catálogo da exposição “Instrumentos Populares do Noroeste Peninsular” em parceria com a associação Canto D’Aqui para a Braga Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2020; e o filme “As Cores da Água”, em parceria com os Cardo Roxo, estreado em 2021. Além disso, em 2021, publicou o livro “Os Zés Pereiras – uma cultura musical do Entre Douro e Minho” financiado pela Direção Geral das Artes.

Dentro desta temática, a ACT possui duas exposições itinerantes sobre os zés pereiras. Uma, intitulada “Os Zés Pereiras do Entre Douro e Minho” e outra, denominada “A Charanga Os Cinco Hermanos: gaiteiros das margens do Minho” realizada com o apoio do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial do Rio Minho e em colaboração com a Pédexumbo, a Central Folque e Câmara Municipal de Caminha.

Por outro lado, e saindo da esfera da música de cariz tradicional, a ACT organiza um ciclo de concertos anuais – o X-ACT - direcionado a todo o tipo de músicas.